Home care: o que é, como funciona e os desafios desse serviço

Home care: o que é, como funciona e os desafios desse serviço

Há mais de um século, o Home Care tem sido uma prática recorrente nos EUA, local no qual surgiu a forma de atendimento, sinônimo de atendimento à família e associado à noção de conforto, compaixão e segurança. Muitas famílias têm aceitado a grande responsabilidade de cuidar dos entes queridos que se encontrem enfermos, na residência.

No Brasil, o serviço está tentando se estabelecer por aproximadamente duas décadas e iniciou baseado em profissionais que se propuseram (e muito deles ainda se propõe) a fornecer um atendimento diferenciado desafiador e com muitas barreiras impostas por diversos segmentos que não compreendem o real conceito de Home Care.

Um dos motivos que impulsionou o surgimento do modelo de assistência domiciliar no Brasil foi o envelhecimento da população brasileira, ou seja, com a redução do número de nascimentos e com o aumento da expectativa de vida, temos 23 milhões de pessoas idosas no país, com perspectiva de chegar a 35 milhões em menos de 20 anos.

Com isto, muitas questões relacionadas ao envelhecimento aparecem com força cada vez maior, como as doenças próprias de pessoas com mais de 60 anos, tais como osteoporose, problemas articulares e ortopédicos, e a doença de Alzheimer (conhecidas como doenças crônicas não transmissíveis – DCNT).

O envelhecimento, quando acompanhado de limitações funcionais, exige cuidados em várias áreas, que precisam ser abordados por profissionais habilitados a reconhecer os distúrbios típicos das doenças ligadas ao envelhecimento para garantir atendimento adequado.

O QUE SIGNIFICA O TERMO HOME CARE?

O termo é de origem inglesa. A palavra “home” significa “lar” e a palavra “care” traduz-se por “cuidados”. Portanto, a expressão Home Care designa literalmente: cuidados no lar. Este deve ser compreendido como uma modalidade contínua de serviços na área de saúde, cujas atividades são dedicadas aos pacientes e a seus familiares em um ambiente domiciliar, com ação de manter ou restaurar a independência do paciente trabalhando de forma diferenciada junto a família; ou seja, a meta principal de um modelo de atenção domiciliar é estabilizar e, sempre que possível, curar o paciente da enfermidade ou condição patológica em que se encontra.

No entanto, sabemos que em Medicina nem todas as enfermidades ou condições de saúde são passíveis de cura. Quando isso acontece, muda-se então a meta da gestão do caso, que passa a ter enfoque nos cuidados de manutenção. Esses cuidados visam a sustentação da melhor condição de vida possível para o paciente e a compreensão da família da evolução inexorável da doença, dando suporte neste momento. Exemplos dessas condições ou enfermidades são as distrofias musculares (ELA, por exemplo) e as demências (Alzheimer, Parkinson).

Dentro de um modelo de Home Care existem inúmeras formas de atendimento, tais como atenção domiciliar, que é a realização de atendimentos pontuais de fisioterapia, fonoaudióloga, nutricionista ou aplicação de medicação via endovenosa, intramuscular, monitoramento, que consiste basicamente em atendimentos mensais médico e enfermagem; e internação domiciliar, que consiste na presença de um técnico de enfermagem na residência por 12 ou 24 horas por dia devido à gravidade do quadro com um maior aparato médico hospitalar de maior complexidade, além de o paciente possuir dispositivos médicos como traqueostomia, gastrostomia, no qual o cuidado deve ser mais intenso.

Fonte: Life - Vida na sua Casa

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